MEU MUNDINHO CORRÍSTICO - COMO TUDO COMEÇOU
Tudo começou em ....1993. É, 1993. Descalça, sem nenhuma tecnologia numa prainha com menos de 700 metros. Bons tempos aquele onde a única preocupação era unir o bem estar do corpo e da mente.
Demorou 3 longos anos até que eu
me rendesse ao asfalto despretensiosamente. Foi em 2000 que eu decidi
participar da minha 1ª prova. Saía lá trás na turma do fundão. Era lá que eu
sentia a vibe da galera, a sensação de liberdade e acreditava que a corrida era
um esporte de união. Confesso que hoje vejo que minha visão foi deturpada em
prol da paixão que sempre senti.
Dois anos depois, em 2002, ainda
despretensiosa, alcancei meu 1º pódio. Foi no susto, nem querer mesmo. E
naquele dia, admito, minha vida mudou.
Fui cada vez mais envolvida pela
corrida. Em 2007, criei o blog Just Run! que ficou bem conhecidinho no meio. Eu
o alimentei quase que diariamente por 5 anos, até que em 2012, a vontade de
escrever foi diminuindo ao passo que alguns problemas pessoais aumentando. Fase
difícil que veio acompanhada de uma lesão.
Como um perfeita aquariana que
não pára, acabei criando em 12/04/2012 o Grupo Amantes da Corrida no facebook.
A intenção era encontrar motivação para alguma e sabe se lá como, eu consegui.
O Grupo foi crescendo aos poucos
e em 2013 voltei às provas, mas não era mais a mesma coisa. Era uma sensação
estranha, onde não havia mais diversão. O entusiasmo de cruzar a linha de
chegada dava lugar à cobranças e a um sentimento de frustração sempre que a
meta não era alcançada. Me sentia aqueles nóias da Cracolândia, com a diferença
que meu vício estava ligado aos troféus. Decidi parar de competir. Aquilo não
era mais pra mim e eu não queria fazer da corrida um martírio.
Voltei toda a força para o grupo
que passou a crescer de uma forma assustadora. Hoje conta com mais de 98.000
membros – sempre me exibo falando sobre isso..rsrsrs
E como aquele velho ditado diz: “uma
coisa puxa a outra”, a vontade de escrever voltou. Eu pensei em retomar o Just Run! já que nunca tive coragem de tirá-lo
do ar, apesar de inativo desde 2012. Ele já estava pronto, tinha um nome, muitos seguidores, mas eu quis
o novo, eu quis o desafio de poder trazer uma nova identidade e construir uma
nova história em cima do que eu tenho a falar.
E hoje, 28 anos após a morte de
um dos meus maiores ídolos, Raul Seixas, eu coloco no ar o Falando na lata. Um
blog que promete ser uma metamorfose ambulante sem ter aquela velha opinião
formada sobre tudo ou se preocupar com o politicamente correto. Um espaço onde a
ideia é abordar assuntos do meio corrístico como eu costumo dizer, de forma
direta e bem humorada (nem sempre). Vai dar certo? Não sei. Eu quero que dê e
espero que gostem.
E que o Falando na lata sobreviva
até quando me sobrar vontade para escrever.
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